sábado, 31 de outubro de 2015

Bouba Aviária

Bouba aviária


A bouba aviária é causada por um vírus de dispersão lenta, e acomete galinhas e perus, causando nódulos na pele dos animais. Esta
 virose acontece com mais frequência em épocas quentes e chuvosas, e em locais próximos a águas paradas, esse fato deve-se ao fato do transmissor da doença ser o mosquito. 
As lesões causadas pela bouba, geralmente, agride somente a região da cabeça e região superior do pescoço, porém podem ocorrer também lesões generalizadas em todo o corpo das aves.









SINTOMAS:

A doença causa febre; tristeza e penas arrepiadas; nódulos na crista, barbelas, cabeças, pernas e pés; lesões ao redor das narinas, que podem levar a produção de catarro; Há também lesões sobre as pálpebras que podem produzir lacrimejamento e, eventualmente, perda da visão; e também placas e bolhas na boca.

PREVENÇÃO:

A prevenção dessa virose se dá através da vacinação de todo o plantel, com a vacina do vírus vivo; A desinfecção dos galinheiros ou granjas também é uma das formas de prevenir está virose. O escoamento de poças de água paradas é também uma forma de combater os mosquitos que são os vetores de transmissão da doença.

Texto: Eduarda Ramos 

MÉTODOS DE CONTROLE DAS DOENÇAS AVIÁRIAS


  • Isolamento: O isolamento tem como finalidade impedir que os agentes infecciosos penetrem no ambiente das aves. Este deve ser uma preocupação por ocasião da construção dos aviários, recomendando-se que sejam isolados de ouros criatórios e que se controle o acesso de homens e animais. Outras instalações que devem ser pensadas são os locais para a quarentena, onde os novos indivíduos adquiridos ou de fora possam ser alojados por um período máximo de 10 dias para observação e até vacinação preventiva, antes de manterem contato com as aves já presentes no plantel.
  • Higiene: A higiene tem como finalidade prevenir doenças e preservar a saúde. Pode-se que quase todas as doenças dependem de higiene para não se desenvolverem. Por tudo o que foi escrito e lido achamos que este é o ponto mais importante para quem quiser ter sucesso na sua criação. A higiene não está restrita apenas aos ambientes mas a todos os utensílios, comedouros, bebedouros, poleiros etc; Esta higienização deve ser feita de 15 em 15 dias ou menos com água e creolina a 2%. 
  • Vacinação: As aves vacinadas passam para os pintos os anti-corpos para os primeiros dias de vida. Este método é fundamental no quesito de prevenir doenças.



Texto: Guilherme Salles 



Você sabia?



A
Salmonella é uma das causas primárias de intoxicações alimentares no mundo. Os surtos têm sido associados com o consumo de produtos avícolas crus e contaminados e tornaram-se um sério problema de saúde pública. O objetivo do controle é disponibilizar alimentos livres de Salmonella aos consumidores finais.

Nas aves, as salmonelas persistem no intestino, exceto em aves jovens em que foram descritas altas mortalidades, sem sinais clínicos, invadem a corrente sanguínea e chegam a diferentes órgãos internos, favorecendo a contaminação de carcaças e ovos. A prevenção da salmonelose constitui-se uma preocupação prioritária das autoridades sanitárias dos países, bem como de organismos regionais e internacionais, da indústria e produtores avícolas. 

PREVENÇÃO E CONTROLE:


  • Algumas substâncias purificadas, como os β-glucanos, foram definidas como substâncias abióticas, que ao serem adicionadas no alimento podem regular ou influenciar a resposta imune contra alguns agentes patogênicos como a Salmonella. Estas substâncias potencializam a imunidade do trato digestivo e são derivadas da parede celular de fungos, leveduras e alguns cereais (ex. aveia). 


  • As vacinas são substâncias, que ao serem introduzidas no organismo, suscitam uma reação do sistema imunológico semelhante à que ocorreria no caso de uma infecção por um determinado agente patogênico, para proteger o organismo desse agente. A vacinação como método de prevenção e controle de Salmonella, deve atender basicamente a três aspectos:

  1. prevenir ou reduzir a colonização intestinal; 
  2. prevenir a infecção sistêmica; 
  3. reduzir ou prevenir a excreção fecal. Prevenindo a infecção sistêmica se reduz a colonização no trato reprodutivo e, portanto a transmissão vertical do microrganismo. Reduzindo a colonização intestinal e excreção fecal se reduz também a contaminação da carcaça, ovos e meio ambiente (cama), relacionada com a transmissão horizontal da bactéria.


    Texto: Eduarda Ramos 

Colibacilose

Colibacilose

 A Colibacilose é uma doença causada pela bactéria Escherichia Coli, que ocorre em aves imunossuprimidas comum na avicultura, e é considerada uma grande causadora de prejuízos neste setor.
 Além de acometer os intestinos de aves, essa bactéria acomete também os mamíferos, sendo eliminada (bactéria) juntamente nas fezes. Portanto, a profilaxia fundamental é a higiene nos ambientes de criação.Os pintinhos podem nascer contaminados devido à contaminação das cascas dos ovos ou ainda, contaminar-se no pinteiro.


SINAl CLÍNICO E LESÕES:

 Um sinal clinico muito evidente é a Onfalite (infecção no umbigo) em pintinhos devido a contaminação através da casca do ovo (70% dos casos de onfalite, ocorre transmissão transovariana); 

Essa bactéria atinge aves de 4 a 9 semanas, evoluindo para septicemia quando tem associação com outros agentes que lesem trato respiratório superior.

Os sintomas também podem estar localizados nas articulações, causando artrite.Pela gravidade e difusão de sintomas, é doença que pode causar grande mortalidade.




PREVENÇÃO E CONTROLE:

Boas condições de manejo e biossegurança são ideais a seguir para prevenir e controlar esta bacteriose. Ter cuidado no manejo de ovos para evitar a contaminação da casca.

TRATAMENTO:

São sensíveis a maioria dos desinfetantes (amônia, iodo, fenóis, etc); Podem ser tratados com antibióticos; O melhor tratamento é evitar fatores predisponentes.

Texto: Eduarda Ramos
Fonte: www.labmor.ufpr.com.br




Leucose Aviária


Leucose Aviária


A leucose aviária é uma doença neoplásica viral, semelhante a leucemia, que induz a formação de tumores na Bursa de Fabricius ( órgão linfóide, onde são formados os linfócitos B, responsáveis pela produção de anticorpos) e pode ocasionar o aparecimento de tumores em outros órgãos .
Diversas espécies de aves podem ser afetadas. A maior freqüência dessa doença ocorre em frangos de corte e galinhas de postura, perus e codornas.

Transmissão:

Sua transmissão pode ocorrer basicamente de duas formar, vertical, na qual ocorre a contaminação do sua progênie pelo ovo infectado, e horizontal, onde aves e insetos são responsáveis pela transmissão.


Sintomas:

·         Desenvolvem tumores
·          Manifestam prostração e fraqueza
·         Crista pálida
·         Aumento do abdômen
·         Presença de manchas na pena
·         Na fase terminal da doença as aves podem apresentar diarréia com fezes esverdeadas
·         Intensa multiplicação intravascular de eritroblastos
·         Fígado, baço e rins apresentam uma coloração avermelhada
·         Sangue com coloração vermelha clara e aquosa

Crista pálida

Tratamento:
Não há tratamento eficaz para esta enfermidade, uma vez que não existe vacinas para combater o vírus. Porém, quando o local onde se encontra as aves é bem higienizado (desinfectado), previne que aves infectadas transmitam essas doenças para outras, ou seja, evitando que esse vírus se espalhe e a doença seja propagada.


Epidemiologia:

Geralmente afeta aves jovens entre 2 e 7 semanas de idade.

Prevenção e Controle:

·         Manejo;
·         Melhoria nas condições de higiene.

Tumor Hepático


Fonte: http://www.biologico.sp.gov.br/artigos_ok.php?id_artigo=159

Doença de Marek

Doença de Marek 


A Doença de Marek é uma enfermidade neoplásica causada pelo vírus alphaerpesvírus. A doença é caracterizada por infiltração de células mononucleares nos nervos periféricos e em outros órgãos e tecidos, como os olhos, pele, testículos, baço, rins, ovários e vísceras do organismo das aves.


 Etiologia:
A doença é causada por um herpesvírus forte, que sobrevive á temperaturas ambientes durante um bom tempo, sendo resistentes a desinfetantes e fenóis, muitas vezes utilizados em locais de granja para a limpeza. 


Transmissão
:

A transmissão da doença pode ocorrer por contato entre aves e aparentemente por vias aéreas, que é a forma mais comum da infecção. Aves infectadas pelo vírus liberam-no através da descamação dos folículos da pena. A transmissão indireta dá-se por contaminação de equipamentos, alimentos, pessoas, animais e insetos, que podem entrar em contato com os lotes aviários.

Sinais Clínico:
Os principais sinais são paralisia progressiva das extremidades (pernas, asas e pescoço), dilatação no papo, perda de peso, cegueira e pupilas irregulares. Na maioria das vezes, o pescoço da ave fica prostrado e caído.  


Tratamento e controle:

Limpeza e desinfectação das granjas reduzem o número de partículas de vírus, reduzindo a contaminação das aves. A vacinação é uma importante prática profilática. É necessário vacinar os pintinhos com 1 dia de vida. A vacinação irá proteger os mesmos contra a doença, caso eles tenham contato com aves maiores e portadoras do vírus. 

Ave com paralisia 

Ave com sinais clínicos: cegueira e anorexia




Texto: Isabela Araújo

Fonte: www.infoescola.com.br

Curiosidades

Você sabia?



Pavão com penas longas e coloridas

1. O passarinho consegue quebrar a casca do ovo quando nasce porque ele vem com um dente especial próprio para quebrar a casca. O filhote leva dois dias para quebrar a casca, depois disso ele perde esse dente. 

2. O vocabulário dos papagaios não passam de 20 palavras.

3. Uma galinha é capaz de botar 300 ovos por ano. 

4. Os olhos das aves são localizados ao lado da cabeça para que elas possam enxergar com mais facilidade os seus predadores. 

5. O beija-flor bate as asas 90 vezes por segundo e pode voar de frente, de costas e até de ponta cabeça. 

6. A maior ave de rapina é o condor. Suas asas chegam a medir três metros de uma ponta a outra. 

7. Algumas espécies de beija-flor podem voar até 150 quilômetros por hora. 

8. Existem mais de 8.500 espécies de aves no mundo

9. No total, o pavão macho possui 200 penas longas e coloridas na cauda.

10. Para refrescar o corpo durante o calor, o urubu defeca e faz xixi nas próprias pernas. 

11. Um avestruz pode viver até 50 anos e uma arara até 60 anos.

12.  O galo canta para avisar que continua vivo e ainda é dono do território. 

13. A andorinha é capaz de comer mais de 2.000 moscas em um único dia.

14. O urubu consegue comer carne podre e estragada sem adoecer devido ao suco gástrico presente no seu estômago, que neutraliza as bactérias e toxinas presentes na carne putrefata. 

15. A ave com o maior bico é o avestruz australiano. O bico pode medir cerca de 50 centímetros, mais ou menos o tamanho do braço de uma pessoa.
A maior ave de rapina: Condor

Beija-flor bate as asas até 90 vezes por segundo.
Fonte: www.maisquecuriosidade.com.br

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Enterite necrótica em frangos de corte

Enterite necrótica em frangos de corte



O que é?


Enterite necrótica é uma doença de infecção aguda e não contagiosa encontrada principalmente em animais jovens e causada pela bactéria Clostridium perfringens.. Os clostrídios estão presentes na flora normal das aves em condições normais, mas quando o microambiente é alterado, essas bactérias começam a se multiplicar, produzindo toxinas e invasão
.

Epidemiologia


Os surtos de enterite necrótica tem se observado mais frequentes em frangos jovens, a sua transmissão é feita através da grande quantidade de bactérias eliminadas nas fezes e, consequentemente, ingeridas pelas aves. Vale ressaltar que, a ração e a cama são as principais fontes de infecção. Análises feitas nas rações  demonstram diversos níveis de contaminação por C. perfringens. A prevenção consiste na qualidade das matérias-primas usadas para fazer a ração, bem como os cuidados higiênicos no procedimento. Evitar a superlotação das granjas e o excesso de umidade da cama também é uma forma de dificultar a disseminação da bactéria.



Figura 1. Foto de granja superlotada. Fator contribuinte com a transmissão da doença.

Sinais Clínicos


Os sinais clínicos nas aves são: severa apatia, penas arrepiadas, fezes com coloração escura, com ou sem manchas de sangue, diminuição de apetite e diarreias. Algumas aves se apresentam desidratadas e com escurecimento da musculatura peitoral. A evolução da doença é rápida, ocasionando mortalidade do lote sem apresentar sinais mais específicos. As aves afetadas cronicamente apresentam edema, hemorragias e necrose de membros posteriores. Se a ave não for medicada, pode chegar a óbito dentro de poucos dias.

Figura 2. Imagem do ílio de  uma ave infectada por C, perfringens.

Figura 3. Ave com penas arrepiadas devido a infecção.

Diagnóstico e tratamento


O diagnostico é feito através dos sinais clínicos e de lesões microscópicas usando uma pequena amostra do conteúdo intestinal da ave. Já o tratamento, é feito com antibióticos para as aves afetadas e profilaxia das não afetadas.

Texto: Marina Campos
Texto: Marina Campos
Texto: Marina Campos 
Fonte: www.infoescola.com.br/ www.icbs.pucminas.com.br

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Sobre as aves

As aves compreendem um grupo muito grande e bonito de animais. Chamam a atenção pela beleza e pelo canto. São os únicos animais que possuem penas. A conquista do vôo permitiu a estes animais habitarem locais de difícil acesso e até impossível para outras espécies. Apresentam outra grande adaptação à vida terrestre, a homeotermia, que é a manutenção da temperatura corporal, regulada pelo próprio metabolismo. O estudo das aves é chamado Ornitologia.

As aves evoluíram a partir dos répteis e muitas modificações ocorreram para que elas conquistassem todo esse modo de vida. Os ovos passaram a se desenvolver fora do corpo da fêmea, aparecimento de penas, os membros anteriores deram origem à asas, a excreção nitrogenada é o ácido úrico, num composto pastoso para economizar água, perda da bexiga, endotermia, separação da circulação venosa e arterial, sacos aéreos que ajudam na diminuição da densidade e dissipam calor, corpo aerodinâmico e elaboração da voz e da audição.

Tegumento:

A pele é delgada, flexível e frouxamente presa à musculatura subjacente. Não possuem glândulas, com exceção da glândula uropigiana, que fica próxima à base da cauda, onde a ave passa o bico, recolhendo a secreção e passa nas penas para impermeabilizar e também evitar que o bico fique quebradiço.

As penas são leves e flexíveis. Crescem a partir dos folículos que estão na pele, formam uma isolação térmica e protegem a pele, além de terem uma enorme importância no vôo. Existem vários tipos de pena como: penas de contorno, plumas, filoplumas, cerdas e plumas pulverulentas. Durante o crescimento da ave, os pigmentos são depositados nas penas, resultando na coloração destas. O conjunto de todas as penas é chamado plumagem. O processo de troca das penas é chamado de muda.

Esqueleto:

Os ossos das aves precisam ser leves e delicados para o vôo e muitos possuem cavidades para a diminuição do peso, são chamados ossos pneumáticos. No esterno possuem a quilha ou carena, local onde os músculos peitorais se inserem, estes são responsáveis pelos batimentos da asa.

Musculatura:

Para maior agilidade destes animais, assim como nos mamíferos, os músculos dos membros são aumentados. Os músculos peitorais das aves são responsáveis pelo movimento da asa durante o vôo e se inserem na quilha.

Como as pernas e patas não possuem penas, elas possuem poucos músculos para evitar a perda de calor e garantir uma forma mais aerodinâmica.

Digestão:

A língua das aves é pequena, pontiaguda e possui um revestimento córneo. O formato do bico é adaptado à dieta de cada espécie e não possui dentes.

O sistema digestório é formado por boca, uma faringe curta, esôfago tubular que se dilata no papo, local onde o alimento fica armazenado e é umedecido. O estômago é dividido em proventrículo, que secreta enzimas, e ventrículo ou moela, onde o alimento é triturado pelos movimentos dos músculos. O intestino delgado termina no reto, há dois cecos, a cloaca e o ânus. A cloaca é a saída dos aparelhos reprodutor e excretor.

Circulação:

A circulação é fechada e o coração tem 2 átrios e 2 ventrículos completamente separados, persistindo o arco aórtico sistêmico direito. Não há mistura entre sangue venoso e sangue arterial e isso é muito importante na regulação da temperatura. As hemácias são ovais e nucleadas.

Respiração:

Os pulmões das aves são compactos e muito eficientes. Estão ligados à estruturas muito importantes chamadas sacos aéreos, que trabalham para a diminuição da densidade da ave durante o vôo. Na base da traquéia há uma estrutura chamada siringe, com músculos vocais, responsáveis pelo canto.

Excreção:

As aves possuem rins metanéfricos e a principal excreta nitrogenada é o ácido úrico. A urina é pastosa, para a economia de água.

Sistema Nervoso:

O cérebro de uma ave é proporcionalmente maior que o cérebro de um réptil e possuem 12 pares de nervos cranianos.

Reprodução:

As aves são dióicas, com fecundação interna, ovíparas e com desenvolvimento direto. A fecundação ocorre geralmente na região superior do oviduto, as glândulas da parte posterior secretam as membranas da casca quando o ovo está pronto para a postura.

Fonte: Infoescola